femininosagrado

Sente que nossa cultura se deteriora?que algo precisa ser resgatado? Vínculos, cuidado,amorosi//,receptivi//,solidarie//.Sente fétido o ar?Algo clama regenerar?nas relações,na natureza,no âmago do seu ser?Perdas,desafetos,incômodos e da grandeza do sagrado,genuíno, essencial:o feminino sagrado.Regeneração com a vida! Entre e fique a vontade.Recebemos e trocamos com amor e sabemos dar limite quando não há divindade.Que bom que vc nos encontrou,dividindo,somaremos,multiplicaremos!

segunda-feira, agosto 20, 2007

GRUPO FEMININO SAGRADO




sexta-feira, abril 20, 2007

Ser loba



Para degustar, um livro para meditar, vem e diz o quê não se apreende num vapt, vem inquietar, tira o “conforto” e faz te conhecer e sugere o ressurgir Mulher Selvagem! Abaixo, texto de introdução do maravilhoso livro “Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pínkola:
«Sentir, pensar ou agir segundo qualquer um dos seguintes exemplos representa ter um relacionamento parcialmente prejudicado ou inteiramente perdido com a psique instintiva profunda. Usando-se exclusivamente a linguagem da mulher, trata-se de sensações de extraordinaria aridez, fadiga, fragilidade, depressão, confusão, de estar amordaçada, calada a força, desestimulada. Sentir-se assustada, deficiente ou fraca, sem inspiração, envergonhada, com uma fúria crônica, instável, amarrada, sem criatividade, deprimida, transtornada. Sentir-se impotente, insegura, hesitante, bloqueada, incapaz de realizações, entregando a própria criatividade para os outros, escolhendo parceiros errados, empregos ou amizades que lhe esgotam a energia, sofrendo por viver em desacordo com os próprios ciclos, superprotectora de si mesma, inerte, inconstante, vacilante, incapaz de regular a própria marcha ou de fixar limites. Não conseguir insistir no seu próprio andamento, preocupar-se em demasia com a opinião alheia, afastar-se do seu Deus ou dos seus deuses, isolar-se da sua própria revitalização, deixar envolver exageradamente na domesticidade, no intelectualismo, no trabalho ou na inércia, porque é esse o lugar mais seguro para quem perdeu os proprios instintos. Recear aventurar-se ou revelar-se, temer procurar um mentor, mãe, pai, temer exibir a própria obra, antes que esteja perfeita, temer iniciar uma viagem, recear gostar de alguém ou dos outros, ter medo de não conseguir parar, de se esgotar, de se exaurir, curvar-se diante da autoridade, perder a energia diante de projetos criativos, encolher-se, humilhar-se, ter angústia, entorpecimento, ansiedade. Ter medo de revidar quando não resta outra coisa a fazer, medo de experimentar o novo, medo de enfrentar, de exprimir sua opinião, de criticar qualquer coisa, de sentir naúseas, aflição, acidez, de sentir-se partida ao meio, estrangulada, conciliadora e gentil com extrema facilidade, de ter sentimentos de vigança. Ter medo de parar, ter medo de agir, contar até três repetidamente sem conseguir começar, ter complexo de superioridade....... Essas rupturas são uma doença não de uma era , nem de um século, mas transforma-se em epidemia a qualquer hora e em qualquer lugar onde as mulheres se vejam aprisionadas, sempre que a naturaza selvática tiver caído na armadilha. Uma mulher saúdavel assemelha-se a uma loba; robusta, plena, com grande força vital, que dá a vida, que tem consciência do seu território, engenhosa, leal e que gosta de perambular....»

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Dormindo na sombra negada


Ela tem. Ela é. Que lindo, que coragem, que graça.
Mas eu não tenho. Eu não sou. Sem graça, que feio, boba.
Comparada, fica irada.
Um vulcão de inveja sai de dentro, esparrama larva pela língua: vira fofoca, calúnia, ódio, difamação.
Reação instantânea e efervescente, o desejo escamoteado da consciência escapando em larva.
Vai arrastando as dores que não se quer sentir, vai queimando o mato do próprio desamor.
Chora a covardia de não realizar, de não ser. Mata por fora e por dentro.
Reúne-se ao clã das que não resolvem nada, mas tem muito veneno a destilar.
Tudo em nome do bem, pois será banida esta que tem, quem fica está no zero a zero.
Sem contrastes.
Esvaziada de si, das infames projeções que a rejeitada agora carrega, leva para longe a dolorida dor da cura, descansa a espreita do próximo movimento que perturbe a paz da própria sombra.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Um arrepio.


Uma digital encontra outra digital, fecha-se um circuito. O feminino e o masculino se tocam. A energia se produz. Perde-se a ilusão de limite do eu e do tu. Somos tudo, somos o todo, somos nós. O abraço elétrico acende sensações de prazer nunca antes vividas. Cada gesto, cada toque se transforma numa torrente de comunicação: sei quem sou, sei quem és, mas já não somos nós, somos o nada e o tudo.
Te recebo. Tu entras. Pulsa o yin e o yang. Geramos luz, harmonia, dança cósmica, entrega que recebe o fluxo universal de vida. AMOR!


Fôlego, respiração, inspiração. O ar que alimenta a troca: combustão!
Rios escorrem dos sexos. A água essencial da vida: emoção!
O toque que funde. A terra: nutrição!
Labaredas incendiando. O fogo que acende e ascende: transmutação!

domingo, dezembro 17, 2006

Movimento de tecetura


O feminino tece. Faz tramas. Inventa relações. Compõem redes. Emaranha-se num caos de fios. Vem, aquece destinos, vem. O subjetivo mundo dos significados clama pela sensibilidade para renascer e re-significar a vida que seca no asfalto de máquinas.
No interjogo entre o interno e externo o feminino se compõe questionando sua ‘adequação’ ao mundo. Que corpo é este que o sexo está escondido? Que curvas são estas, tão excessivas no mundo retilíneo da objetividade? Que corpo é este que sangra todo mês? Que corpo é este que incha ao gerar a vida? Como fertilizar a terra se as calçadas tapam o fluxo?
E o prazer? Ah, o prazer. Caro ao corpo proibido. Caro á sociedade que desconfia dos gemidos. Caro por gemidos serem lembranças das dores de fogueiras.
O parto tem dor. O feminino renascendo faz a alma se contorcer. Os sentidos se amortecem em feridas que não se cicatrizaram, o feminino purga. As mulheres se retorcem, os homens fogem. Este é o processo de cura: superar a dor, refazer os tecidos, regenerar o fluxo. Reencontrar a sacralidade, permitir o divino.

Texto inspirado pelo espetáculo: DESPIDAS POR SEUS CELIBATÁRIOS – é bom encontrar diversas expressões do mundo clamando a cura do feminino !!!! dignifica a alma!

Espetáculo de dança contemporânea, primeiro de uma triologia que aborda gênero.
Teatro Renascensa – Porto Alegre - Brasil
Grupo MEME – Centro Experimental do Movimento
Dezembro/ 2006