Dormindo na sombra negada
Ela tem. Ela é. Que lindo, que coragem, que graça.
Mas eu não tenho. Eu não sou. Sem graça, que feio, boba.
Comparada, fica irada.
Um vulcão de inveja sai de dentro, esparrama larva pela língua: vira fofoca, calúnia, ódio, difamação.
Reação instantânea e efervescente, o desejo escamoteado da consciência escapando em larva.
Vai arrastando as dores que não se quer sentir, vai queimando o mato do próprio desamor.
Chora a covardia de não realizar, de não ser. Mata por fora e por dentro.
Reúne-se ao clã das que não resolvem nada, mas tem muito veneno a destilar.
Tudo em nome do bem, pois será banida esta que tem, quem fica está no zero a zero.
Sem contrastes.
Esvaziada de si, das infames projeções que a rejeitada agora carrega, leva para longe a dolorida dor da cura, descansa a espreita do próximo movimento que perturbe a paz da própria sombra.
Mas eu não tenho. Eu não sou. Sem graça, que feio, boba.
Comparada, fica irada.
Um vulcão de inveja sai de dentro, esparrama larva pela língua: vira fofoca, calúnia, ódio, difamação.
Reação instantânea e efervescente, o desejo escamoteado da consciência escapando em larva.
Vai arrastando as dores que não se quer sentir, vai queimando o mato do próprio desamor.
Chora a covardia de não realizar, de não ser. Mata por fora e por dentro.
Reúne-se ao clã das que não resolvem nada, mas tem muito veneno a destilar.
Tudo em nome do bem, pois será banida esta que tem, quem fica está no zero a zero.
Sem contrastes.
Esvaziada de si, das infames projeções que a rejeitada agora carrega, leva para longe a dolorida dor da cura, descansa a espreita do próximo movimento que perturbe a paz da própria sombra.